quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Golpe contra os setores mais pobres da população

Golpe contra os Setores mais pobres da população. Não considero adequado falar em “classes em ascensão”, tendo em vista as políticas assistencialistas e de beneficiamento direto das grandes empresas nacionais e transnacionais, dos governos Lula e Dilma. Considero tanto uma como outra, políticas equivocadas. O que deveria ser ofertado para os setores sociais mais empobrecidos é trabalho e ampliação de acesso aos direitos civis elementares – saúde e educação dignas, habitação e saneamento de boa qualidade e emprego decente.. Políticas assistencias tem duração limitada e assim como foram colocadas a disposição dos mais pobres, podem ser retiradas, num piscar de olhos. São políticas que ferem a dignidade de quem as recebe. Os milhões de pessoas que as recebem, tornam-se reféns dessas políticas. Insisto nesse ponto, porque tenho a convicção de que políticas assistencialistas, transformam as pessoas em “escravas” dos governos que as concedem. São um arremedo de políticas que serviriam para melhorar o nível e a qualidade da vida das pessoas. Criou-se, no Brasil, um exercito de “dependentes” das políticas das malfadadas Bolsas de todos os tipos. E, o que é pior, nos últimos anos o imposto de renda não tem sido corrigido conforme os índices de inflação, estando sua correção defasada em 66,7%, fazendo com que, hoje, um assalariado que recebe RF$ 1.674,66, veja-se obrigado a pagar esse tributo. Como a sonegação é um privilégio daqueles mais bem aquinhoados, aos mais pobres não resta outra alternativa do que pagar. Essa atitude é típica de um governo comandado por um partido que, em sua fundação era um partido dos trabalhadores e hoje é um partido que oferece assistencialismo e entrega todos os bens ligado ao governo (portos, aeroportos, estradas, petróleo, ferroviárias, e o que mais se pensar, às grandes corporações). Um governo decente e justo para com os trabalhadores, deveria desenvolver políticas de ampliação do nível de emprego, e não sub-emprego ou emprego precarizado como acontece hoje. E o pior é que esse ano de 2014 é um ano eleitoral, com um sistema eleitoral apodrecido, sem um único candidato ao governo federal que possa oferecer alguma perspectiva de melhora econômica e social. Como dizem, são todos, vinho da mesma pipa. A única perspectiva positiva que existe é uma possível retomada das mobilizações de Junho de 2013, que envolveram milhões de pessoas e fizeram tremer as bases do governo. Vamos ficar na expectativa de que isso aconteça. Lucio Barcelos – médico sanitarista Janeiro de 2014.