quinta-feira, 17 de julho de 2014

Mais um golpe na população pobre! O Secretário da Saúde do município de Porto Alegre, em mais um arroubo de insensatez, resolveu que, a partir de 15 de junho, a maioria da população que depende do Sistema Único de Saúde (quase 80%), para acessar consultas médicas, exames complementares, medicamentos e serviços de emergência e hospitalares, deverão deslocar-se para alguns centros onde será centralizada a distribuição dos medicamentos (os que não são distribuídos nas “farmácias populares” – como se a população pobre buscasse medicação em Farmácias Populares). Agregue-se a isso a necessidade de realização de uma segunda consulta pelo SUS, pelos detentores de Planos de Saúde, para validar suas receitas médicas. O nome disso, segundo o Secretário da Saúde, é “contenção de despesas”, mas a Prefeitura de Porto Alegre, a meu juízo, deveria “conter despesas” em outra área de menor relevância social e essencialidade à população do que a saúde. A população que depende do SUS já é castigada com a precariedade do sistema, enfrentando filas nos Postos de Atenção Básica, pela ausência de profissionais e pela sua baixa resolutividade. Também enfrenta fila nos serviços de emergência: se o sistema básico – porta de entrada do sistema – não funciona, a população busca uma saída na “emergencialização” seus problemas. Ela sabe que por mais que demore, um dia ou mais, ela será atendida no serviço de emergência, realizando exames e obtendo os medicamentos que necessita. O que, na atenção básica, pode levar meses ou anos para alcançar. Afora essa insensatez municipal, é bom não esquecer que o Estado do Rio Grande do Sul possui um laboratório de produção de medicamentos, em Porto Alegre, na Avenida Ipiranga, que há mais de 15 anos não produz absolutamente nenhum tipo de medicamento. Por que será? Falta de equipamentos? Falta de pessoal? Falta de recursos financeiros? Não Creio. Acho que é uma política deliberada de não produzir medicamentos para não competir com a iniciativa privada (os grandes laboratórios nacionais e transnacionais). Espero que no próximo pleito seja eleita uma gestão que, ao contrário da atual, efetivamente respeite a população pobre que necessita do Sistema Único de Saúde. Lucio Barcelos – Médico Sanitarista
Mais um golpe na população pobre! O Secretário da Saúde do município de Porto Alegre, em mais um arroubo de insensatez, resolveu que, a partir de 15 de junho, a maioria da população que depende do Sistema Único de Saúde (quase 80%), para acessar consultas médicas, exames complementares, medicamentos e serviços de emergência e hospitalares, deverão deslocar-se para alguns centros onde será centralizada a distribuição dos medicamentos (os que não são distribuídos nas “farmácias populares” – como se a população pobre buscasse medicação em Farmácias Populares). Agregue-se a isso a necessidade de realização de uma segunda consulta pelo SUS, pelos detentores de Planos de Saúde, para validar suas receitas médicas. O nome disso, segundo o Secretário da Saúde, é “contenção de despesas”, mas a Prefeitura de Porto Alegre, a meu juízo, deveria “conter despesas” em outra área de menor relevância social e essencialidade à população do que a saúde. A população que depende do SUS já é castigada com a precariedade do sistema, enfrentando filas nos Postos de Atenção Básica, pela ausência de profissionais e pela sua baixa resolutividade. Também enfrenta fila nos serviços de emergência: se o sistema básico – porta de entrada do sistema – não funciona, a população busca uma saída na “emergencialização” seus problemas. Ela sabe que por mais que demore, um dia ou mais, ela será atendida no serviço de emergência, realizando exames e obtendo os medicamentos que necessita. O que, na atenção básica, pode levar meses ou anos para alcançar. Afora essa insensatez municipal, é bom não esquecer que o Estado do Rio Grande do Sul possui um laboratório de produção de medicamentos, em Porto Alegre, na Avenida Ipiranga, que há mais de 15 anos não produz absolutamente nenhum tipo de medicamento. Por que será? Falta de equipamentos? Falta de pessoal? Falta de recursos financeiros? Não Creio. Acho que é uma política deliberada de não produzir medicamentos para não competir com a iniciativa privada (os grandes laboratórios nacionais e transnacionais). Espero que no próximo pleito seja eleita uma gestão que, ao contrário da atual, efetivamente respeite a população pobre que necessita do Sistema Único de Saúde. Lucio Barcelos – Médico Sanitarista